Por Luiz Felipe Adurens Cordeiro
Depois da folgada vitória no debate e na votação do salário mínimo, o governo - que tem maioria na Câmara e no Senado – enfrenta algumas pedras no caminho da aprovação do Código Florestal e na discussão da Comissão de Direitos Humanos do Senado que discute as punições contra a chamada “homofobia”.
Acompanhemos a alta da temperatura nas casas legislativas por meio da ebulição retórica dos envolvidos:
Na Câmara:
Deputado Paulo Teixeira (PT): Aldo Rebelo alterou o texto final do relatório em relação ao que foi acordado às 21 horas de quarta-feira.
No Twitter:
Ex-senadora Marina Silva: Estou no plenário da Câmara. Aldo Rebelo apresentou um novo texto, com novas pegadinhas, minutos antes da votação. Como pode ser votado?!
Na Câmara:
Deputado Aldo Rebelo (PCdoB): A fala infeliz do deputado Paulo Teixeira (de que Aldo havia alterado o texto em relação ao acordo) deu razão para a ex-senadora Marina Silva, que postou em seu Twitter que eu fraudei o texto. Quem fraudou, quem contrabandeou madeira, foi o marido da senadora.
Deputado Alfredo Sirkis (PV): Canalha, traidor! (para Aldo Rebelo)
E no Senado: A senadora Marta Suplicy - PT (relatora) retira do debate a proposta de ampliar as discussões para setores contrários à criminalização da “homofobia”.
O deputado Jair Bolsonaro - PP (um dos opositores) tenta exibir para as câmeras um panfleto contrário à proposta enquanto a senadora Marta Suplicy dava uma entrevista.
A senadora Marinor Brito (PSOL) interveio, batendo na mão do deputado: Tira isso daqui, rapaz. Me respeita!
Bolsonaro: Bata no meu aqui. Vai me bater?
Marinor: Eu bato! Vai me bater? Depois dizem que não tem homofóbico aqui. Tu és homofóbico. Tu deveria ir pra cadeia! Tu deveria ir pra cadeia! Tira isso daqui. Homofóbico, criminoso, criminoso, tira isso daqui, respeita!
Comentário:
Democracia é caminho cheio de pedras, buracos, obstáculos. O totalitarismo é unanimidade e terraplanagem.
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