sexta-feira, 29 de abril de 2011

DVD da primeira temporada de The Walking Dead, chega em agosto no Brasil

Por Caio Bezerra

A série de zumbis, The Walking Dead, exibida no Brasil pela Fox, foi um mega sucesso de audiência em todo mundo. Baseada na H.Q de mesmo nome, o seriado conta a história do policial, Rick Grimes, que após ser baleado em um tiroteio contra um bandido, acorda em um hospital completamente abandonado de pessoas vivas, mas infestado de mortos-vivos.
Após despertar em um mundo pós-apocalíptico zumbi, Grimes começa uma busca implacável à procura de sua família, da qual ele alimenta a esperança de ainda estarem vivos.
O DVD da primeira temporada será lançado no Brasil em agosto, porém a pré-venda está programada para o mês de junho, de acordo com o site de entretenimento, Omelete.
A primeira temporada contém apenas seis episódios, porém para o agrado dos fãs já foi anunciado o início da nova temporada em outubro.

Virada Cultural de São Paulo se torna um completo fracasso

Por Caio Bezerra

Ao contrário do que muitos esperavam a Virada Cultural Paulista, realizada este ano foi um completo fracasso em termos de organização e segurança durante o evento.
Mais de quatro milhões de pessoas lotaram as ruas do centro de São Paulo para se divertir e apreciar as diversas atrações, principalmente aos shows de bandas presentes na programação.
O evento, porém, foram mal organizados em termos técnicos e de segurança, os espectadores não conseguiam chegar perto dos palcos e no fundo não dava para se ouvir  um acorde ou nota cantada. Tudo o que se escutava era apenas o som de milhares de pessoas conversando.
Ao tentar ver o show dos Misfits, banda de horror punk-rock que escuto desde pequeno, a única coisa que pude ver foi uma grande onda de violência e briga que foi marcada pela morte de uma pessoa que estava presente no local.
Espero que para o ano que vem a administração da prefeitura de São Paulo, veja os erros cometidos nesta edição da Virada Cultural e possa corrigi-los, pois um evento dessa magnitude não pode ser feito ás coxas e sem a menor segurança para o público.


Foto: Milhões de pessoas lotam o centro de São Paulo durante a virada

Filmagens do novo Batman começam na próxima semana

Por Caio Bezerra
Foi confirmado para a próxima semana o início das gravações do novo longa do homen-morcego, intitulado de Batman - The Dark Kinight Rises.
Poucos detalhes referentes ao roteiro foram divulgados, mas até agora foi confirmada a presença de dois vilões clássicos no filme. O monstruoso Bane e a ladra, Mulher Gato. Ao que tudo indica o vilão R’as al Ghul, presente em Batman Begins, voltará para atormentar a vida do milionário Bruce Wayne.
A direção do novo filme que tem previsão de estréia para junho de 2012, continuará nas mãos do talentoso, Christopher Nolan.
Elenco
No elenco estão Christian Bale (Batman), Anne Hathaway (Mulher-Gato), Tom Hardy (Bane), Marion Cotillard (Miranda Tate), Joseph Gordon-Levitt (John Blake), Gary Oldman (Comissário Gordon), Josh Pence (jovem R'as al Ghul), Daniel Sunjata (um oficial de forças especiais), Diego Klattenhoff (um policial), Juno Temple, Burn Gorman e Nestor Carbonell.

Clássico da década de 90 retorna com mais sangue e visual renovado

Por Caio Bezerra

Quem não se lembra do clássico jogo 2D de luta do início da década de 90 Mortal Kombat?
Com um arrebatador sucesso na época, a série rivalizou com "Street Fighter" pelo título de franquia de pancadaria mais popular dos games e arcades. A grande diferença entre Mortal Kombat e o seu popular concorrente, estava na violência e gore apresentados no jogo. Misturando artes marciais e muito, mas muito sangue, Mortal Kombat ganhou milhares de seguidores em todo o mundo após reunir no jogo elementos de luta, sangue e a possibilidade de matar o adversário no final do combate.  Enquanto a série Street Fighter foi se tornando cada vez mais esquecida, MK entrou nos anos 2000 produzindo inúmeros títulos em 3D, para os consoles Playstation 1 e 2, Game Cube e X-Box, mas todos os títulos acabaram em um completo fracasso.
Com objetivo de resgatar o enorme sucesso que o jogo obteve no passado, no dia 19 de Abril, foi lançado para os consoles Playstation 3 e X-Box 360 o novo jogo da série, intitulado de “Mortal Kombat”.
Novo kombate; espírito retrô

O jogo traz de volta as origens da série, trazendo de volta o clássico sistema 2D de luta, porém todos os personagens tiveram o visual renovado no modelo 3D. O novo título faz muita cara feia e volta á história dos 3 primeiros jogos da franquia, trazendo todos os personagens clássicos como o ninja Sub-Zero e Scorpion, e dois lutadores inéditos.
A jogabilidade do jogo é muito simples, porém eficaz, os comandos possibilitam aos jogadores a capacidade de realizar diversos tipos de combos.
Como um velho fã da série, tive o prazer de testar esse magnífico jogo brutal e sangrento, Os antigos adoradores da série não ficarão desapontados, pois o jogo resgata os tradicionais Fatalitys e possui um modo de prática para que o jogador possa praticar todos os movimentos de cada personagem.


Ponto Fraco do jogo
Para agradar aos fâs brasileiros, os produtores lançaram o jogo no brasil com legendas e menus totalmente em português, porém grande parte dos textos presentes nos subtítulos apresentam erros de gramática e alguns estão pouco legíveis.

Cultura

Por Caio Bezerra

Para o Blog Editoria Geral, fui encarregado com a difícil tarefa de cobrir a editoria relacionada à Cultura. Através de pesquisas feitas em periódicos, mídias digitais e pesquisa de campo vou escrever resenhas referentes à: filmes, games, livros, música e eventos relacionados à cultura de um modo geral, sobretudo os produtos da mass-cult, conhecida também como Cultura de Massa.
Dois anos após o final da Segunda Guerra Mundial, em 1947, os filósofos e sociólogos alemães, Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), criaram em sua obra, Dialektik der Aufklärung, traduzida no idioma português como: “Dialética do Esclarecimento”, o termo e significado de: Indústria Cultural.  No livro, os autores abordam a idéia como sendo fruto do desenvolvimento do sistema capitalista, que após o grande crescimento industrial e fortalecimento da mídia transformou a cultura de em “mercadoria”.
Com o surgimento e organização da Indústria Cultural, houve uma necessidade e procura muito grande pelo consumo de bens e entretenimento, vindos principalmente da: “Cultura Popular”. O principal conteúdo dessa cultura, também chamada de: “Cultura Pop”, é determinada principalmente (não exclusivamente) pelas indústrias que disseminam o material, como por exemplo: cinema, televisão, periódico (revistas/jornais) e outros meios de comunicação.
No livro escrito por Teixeira Coelho, intitulado de: “O que é Indústria Cultural?”, 99 páginas, 2003, brasiliense, o autor cita no primeiro capítulo uma classificação feita pelo escritor norte-americano, Dwight MacDonald, que dividiu as manifestações culturais em três categorias distintas; Cultura Superior, Cultura Média e Cultura de Massa. Um exemplo citado sobre produtos típicos da Cultura de Massa foram o rock’n’roll (Algumas pessoas consideram o estilo como pertencente à Cultura Média e dependendo da Superior) e as histórias de heróis contadas nas histórias em quadrinhos.
           

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sexo e política (ou As idéias têm conseqüências)

Por Luiz Felipe Adurens Cordeiro


            Para aqueles que estão de saco cheio de ler nos jornais, sites e ver na TV as mesmas tediosas, desimportantes e exaustivamente repetidas notícias, vai neste post algumas fontes de novas perspectivas sobre assuntos de real importância.
            No dia 28, o site Mídia Sem Máscara publicou o texto Bestas feras na Universidade de Yale: o que dá para se esperar?, em que o autor (Chuck Colson) comenta o seguinte fato: um grupo de estudantes – em sua maioria mulheres – está processando a Universidade de Yale por esta permitir que seu campus seja um “ambiente sexualmente hostil”.
            Mas o que quer dizer “ambiente sexualmente hostil”?
            A hostilidade se concretiza em certas manifestações e hábitos que têm como palco a Universidade. Por exemplo? Estudantes marchando pelo campus com cartazes que dizem “Não significa Sim!” e “Amamos as Putas de Yale”. Mais um exemplo? A "Semana do Sexo", evento realizado anualmente e patrocinado pela instituição, em que os alunos têm acesso a “seminários sobre práticas sexuais, apresentações realizadas por profissionais do sexo e um monte de filmes pornôs”.
            O autor, então, pergunta: “Quando promovemos licenciosidade sexual - principalmente em espaços universitários -, o que obtemos no final? Não há dúvida: licenciosidade sexual. Aprovamos e incentivamos condutas imorais, e então ficamos surpresos quando os rapazes não se portam como cavalheiros? Tá brincando comigo?”.
            O exemplo de Yale é o que o autor chama de “impasse pós-moderno”, resultado dos ideais, dos conceitos, dos movimentos e das políticas de liberdade sexual. E por que impasse? Porque recebemos agora o que foi pedido e defendido desde cinco décadas atrás.
            Chuck Colson fala em cinco décadas, mas no livro Libido Dominandi – um levantamento da relação entre liberação sexual e controle político – o autor, Michael Jones, busca as raízes desse movimento já na Revolução Francesa, no século XVIII. Como diz a resenha do livro no site da Amazon “Ao contrário da versão padrão da revolução sexual, o Libido Dominandi mostra como a liberação sexual foi desde a sua criação uma forma de controle (...)Ao longo dos 200 anos abordados por este livro, o desenvolvimento de tecnologias de comunicação, reprodução e controle psíquico - incluindo a psicoterapia, o behaviorismo, publicidade, treinamento de sensibilidade, pornografia (...)”.
            Uma interessante e ilustrativa entrevista com o autor do livro pode ser ouvida no site.




quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sobre bêbados, copas e brechas

Por Luiz Felipe Adurens Cordeiro



Em busca de assunto, leio na primeira página da Folha de S. Paulo: "Brecha permite bebida alcóolica em rodovias". A notícia dá conta que uma lei em vigor há três anos - a que proibe o comérico de bebidas nas estradas federais - não tem surtido efeito algum. O motivo? As brechas legais, sendo uma delas a que permite o tal comércio de bebidas em trechos urbanos. Resultado? Quase todos os pontos de venda (93% deles) foram liberados.
Balanço a cabeça com um sentimento misto de indignação e de "eu sabia que isso ia acontecer". Mas, num salto, pulo para página 2, onde encontro o "Onde passa boi, passa boiada", de Eliane Cantanhêde. No texto, a comentarista aborda a suspeita que tem pairado sobre os arranjos governamentais para a realização da Copa de 2014 nestas plagas. O Ipea afirmando que a Infraero não gastou 44% do orçamento nem que conseguiu cumprir o cronograma é bastante significativo, e justifica a preocupação; preocupação que aumenta quando a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2012 anunciadas pela ministra do Planejamento fecha-se em copas quando o assunto é - perdoem-me o trocadilho - Copa.
Essa "despreocupação" pode ter algo a ver com a Lei das Licitações, afirma a jornalista, que disse que isso é o que diz a oposição: a pretexto de ganhar agilidade para fazer o que não está sendo feito (e que deveria estar sendo feito), o governo "flexibilizaria" a Lei, diminuiria a burocracia, permitindo...permitindo...
Teme a oposição que a "flexibilização" matará dois coelhos com uma cajadada: as reformas para Copa de 2014 e as "reformas" da caixa do PT e dos aliados para as Eleições de... 2014.
Impossível de isso acontecer? Será que na Lei das Licitações acharão brechas como as que acharam na lei da proibição de comércio de álcool nas rodovias federais? Será? Será? Será?
É preciso investigar, ficar de olho. Ficar de olho para evitar que, diante do fato consumado, não fiquemos balançando a cabeça num sentimento misto de indignação e de "eu já sabia que isso iria acontecer". 
         

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Amarelou!!


Por Lucas Pãntho
A temporada 2011 da Formula 1 não está nada boa para a Ferrari. A forte equipe italiana mesmo na terceira posição no Mundial de Construtores, ainda não venceu um Grande Prêmio este ano e a parte de cima já começa a reclamar. Depois do GP da China, terceira corrida da temporada, o mandatário Luca di Montezemolo, demonstrou toda a sua insatisfação com os resultados da equipe italiana nas primeiras corridas.
- Isto não é e nem pode ser o patamar da equipe. Declarou presidente irritado com o resultado final do GP de Xangai.  
Na última corrida, ficou claro que os vermelhos podem simplesmente amarelar em 2011. Nos testes a equipe se saiu bem, mas na corrida os carros da Ferrai continuaram decepcionando trazendo a tona os graves problemas aerodinâmicos que a equipe está enfrentando. Felipe Massa terminou em sexto e Fernando Alonso em sétimo.
- Espero que nossos engenheiros atuem com determinação e conhecimento, dando o máximo e colocando suas capacidades para melhorar o desempenho do carro em um tempo curto. Completou Montezemolo, em entrevista ao site da equipe.
Agora é esperar até o GP da Turquia, próximo da temporada, para ver se as reclamações do chefão surtiram efeito.

Ih!, deu zebra


Por Lucas Pãntho
Os times grandes da capital que se cuidem. Intrusos e ousados, Ponte Preta, Oeste e Mirassol, já deram trabalho na primeira faze do Campeonato Paulista e agora na reta final, parece que não vai ser diferente. São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Santos e Portuguesa, precisaram ter muito mais que o simples nome para vencer a “valentia interior”.
A zebra costuma andar pelo mundo esportivo a fora. E não é somente a passeio. Forte e decidida, ela se torna páreo duro para os considerados favoritos. E na história, não foram poucas vezes que os pequenos aprontaram pra cima dos grandes.
Final da Copa de 1950 no Brasil. As goleadas diante da Suécia (7 a 1) e Espanha (6 a 1) na fase final davam como certo o titulo brasileiro na final contra os uruguaios. E nem mesmo um “empatizinho” (necessário para conquista), o Brasil conseguiu. Resultado: 2 a 1 para o Uruguai e vexame brasileiro em pleno Maracanã.
No mundo da velocidade a zebra geralmente não tem vez. Na Formula 1, menos ainda. Mas o GP 1961 da França em 1961(considerada por muitos a maior de todos os tempos) foi marcado também pelo inusitado. Na pista, nada mais que Jim Clark, Stirling Moss, John Surtees, Graham Hill e o lendário Fangio.  Entretanto, um novato foi quem venceu. Giuliano Baghetti, que corria seu primeiro GP, largando em 13º lugar. E acredite: a corrida ocorreu sob condições normais.
No  Pan-Americano de 1987, nos USA, vários foram os momentos que entraram para história do esporte.
A Seleção Brasileira de Basquete, comandada por Oscar Schmidt, derrota os donos da casa, depois de estarem perdendo o jogo. A vitória por 120 a 115 deu ao Brasil uma medalha de ouro inédita e aos americanos a primeira derrota em casa, da historia.
Ainda em terras americanas, Anthony Nesty, que mais tarde se tornaria o primeiro nadador negro a vencer uma olimpíada, marcou o nome do Suriname na história da natação e dos jogos de Indianápolis. Ele ganhou o ouro nos 100m (com 53s89) e o bronze nos 200m borboleta (2m01s09). E nos Jogos Olímpicos de Seul em 1988, conquistou o ouro nos 50m borboleta, a primeira medalha olímpica de seu país, desbancando a estrela do momento, o americano Matt Biondi.
O ano é recente, 2009. A polonesa Anna Rogowska chega ao Mundial de Atletismo de Berlim, na Alamanha, como mera coadjuvante no salto com vara, modalidade onde compete. Todos os holofotes na recordista mundial e bicampeã olímpica, a russa Yelena Isinbayeva. Mas a grande favorita ao ouro não consegue acertar um salto nas três tentativas e acaba em último. A menos notável Anna Rogowska fica com o ouro e como uma das maiores surpresas de 2009.
Na atual temporada da Champions League, surpresas indigestas têm acompanhado os poderosos times europeus. Quem ousaria dizer que a Internazionale, atual campeã, não passaria pelo “modesto” Schalke 04.  No gramado o que se viu foi outra coisa. Uma goleada de 5 a 2 em pleno Giuseppe Meazza e outra vitória por 2 a 1 em casa. No final, a grande potência italiana caiu diante do clube alemão.

Determinação, excesso de confiança, despreparo, fator psicológico e etc. Uma série de fatores podem justificar uma derrota não esperada. Zebra ou não, esses fatos mudaram o rumo de muitos momentos do esporte e bom os grandes ficarem espertos, um pequeno “não notado” pode ser um perigo.

sábado, 16 de abril de 2011

Até onde vai a Beatlemania?



Houve as bandas. E houve os Beatles.

Lyvia Jardim

         Sir Paul McCartney é o cara.
         Todos parecem concordar com a afirmação acima – de sessentões órfãos da Fab Four à adolescentes que foram descobrir o legado dos Beatles através dos pais ou dos avós.
         Remanescente do quarteto também formado por John Lennon, George Harrison e Ringo Starr, o astro desembarcou no Brasil em novembro, após anos de ausência, para shows com ingressos esgotados, filas quilométricas, fãs dispostos a desembolsar o que fosse para ver o ídolo de perto e ouvir, é claro, canções de autoria de “Macca” e sucessos dos Beatles, como Hey Jude e obviamente, Yesterday.
         Estão previstas mais duas apresentações, marcadas para os dias 22 e 23 de maio, no Rio de Janeiro.
         Tamanho frenesi me fez questionar o seguinte: Até onde vai a Beatlemania?
         Para situá-lo melhor acerca dos meus devaneios, preciso, antes de tudo, fazer menção às muitas teorias que buscam justificar o término da banda.
         Assim como os fãs mais ardorosos de Elvis Presley, que apregoam que o Rei do Rock não morreu e se encontra muito bem escondido nos pampas argentinos, não é raro ouvir desse ou daquele que os Beatles puseram um fim à sua bem sucedida carreira por causa da Yoko Ono de Lennon ou, mais provavelmente, devido aos constantes atritos entre John e Paul, que como é sa bido por todos, eram mais a “cara” do quarteto do que os outros dois músicos – o baterista Ringo Starr e o guitarrista George Harrison.
         Era algo simbiótico: apesar de pertencerem a polaridades distintas, John, o bagaceiro e Paul, “o bom moço” se completavam em talento e composições impecáveis, fatores estes que levaram os Beatles à uma esfera musical atingida por poucos, como o próprio Elvis, Michael Jackson e Madonna (estes, de uma safra mais recente).
         Se John se envolveu em uma nuvem de polêmica, que sublimou com sua morte por assassinato, em 1980, Paul McCartney fez carreira solo, continuou em evidência, permaneceu com sua musa, Linda, até o falecimento desta, no ano de 1998, criou seus filhos – a mais famosa deles, Stella, é estilista renomada – se casou novamente, com a ex modelo Heather Mills (o casamento rendeu uma filha, Beatrice e alguns escândalos após o divórcio) e hoje, como todos puderam comprovar em suas apresentações no Brasil, ainda mantém a presença de palco de outrora, apesar do passar dos anos.
         É capaz de levantar multidões, emocionar, colocar milhares para cantar junto e pedir bis.
         Só que, preciso perguntar, quantos, destes milhares, realmente se deixou levar pelo legado dos Beatles? E quantos se deixaram levar pelos outros quantos?

O Beatles e a moda, não aquela moda, a outra.

         Quem possui conta no Twitter – e te garanto que a parcela é grande, frente à popularidade que o microblog possui – sabe do que estou falando.
         A apresentação de Sir Paul McCartney, como esperado, foi, em novembro, parar no “Trending Topics” dos assuntos mais comentados do momento.
         Muitos diziam querer estarem na apresentação, outros, exaltavam o vozerio do ídolo. Tudo muito natural, se tratando de um cantor talentoso e conhecido mundialmente.
         No entanto – e não quero parecer julgadora – tive que me perguntar, em pensamentos, se todos os elogios rasgados eram mesmo necessários.
         Porque assim como qualquer coisa que ultrapassa a linha do refinado e atinge o conceito de 'usual', os Beatles assumiram contornos da chamada banalidade.
         Não que isso retire o seu talento ou o seu valor para a música. Mas são tantos os que dizem adorar os músicos de Liverpool e não sabem outra canção senão as famosíssimas Yesterday, Hey Jude e Twist and Shout – esta, acredito que a massa mais jovem tomou conhecimento devido ao filme Curtindo a vida adoidado, sucesso dos anos 80, onde o personagem Ferris Bueller entoava Well, shake it up baby now em uma cena antológica – que sinto um formigamento incômodo no estômago.
         Serei bem precisa: Há momentos os quais Beatles se fazem muito presente no meu cotidiano.
         Momentos os quais preciso escutar Yesterday – lá vem ela! - para me sentir mais tranquila ou momentos os quais desejo escutar Something tamborilando num violão rústico. E All you need is love.
         Momentos os quais me imagino com uma embalagem de xampu na mão - fazendo as vezes de microfone - e cantando a plenos pulmões Sgt. Pepper's Lonely Heart Club Band.
         Ou, como já aconteceu, uma necessidade quase surreal de ouvir a versão melancólica que a atriz Evan Rachel Wood conferiu para a meiga Blackbird, no filme Across the Universe.
         Mas também há horas em que o som deles não se enquadram em minhas necessidades, entendem, meus caros?
         E acredito que é um funcionamento para chamar de “normal”, quero dizer, quem nunca acordou levado pelo grunge do Nirvana ou vai lá, o Deixa a vida me levar de Zeca Pagodinho? 
Ampliem os leques, meus queridos!
         Não confundam gostar de Beatles com PRECISAR gostar de Beatles.
Não é uma obrigação. 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Brasil: "correção" e "evolução" por meio de morticinio e corrupção

 Por Luiz Felipe Adurens Cordeiro


Durante esta semana, a presidente Dilma Rousseff discursou a generais e disse que o Brasil “corrigiu seus próprios caminhos” em uma “evolução democrática da sociedade”.
Recortando a linha do tempo, e tomando os últimos quinze anos como objeto de análise, o que encontramos dessa “correção” e “evolução”?
Em notícia publicada no dia 1º de setembro de 2010, a Folha de São Paulo aborda uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cujos resultados, ao contrário de mostrarem uma “evolução” e uma “correção”, revelam uma verdadeira descida ao abismo: entre 1992 e 2007, o índice de homicídios no país cresceu 32 %.
Alguns meses antes (30/03/2010), o portal do IG informou que mais de meio milhão de pessoas haviam sido assassinadas no Brasil entre 1997 e 2007. Para ser mais exato, foram 512,2 homicídios.
Nesta semana (05/04), vários jornais repercutiram os resultados a que a Polícia Federal chegou no caso do Mensalão, ao que o então presidente Lula denominou “farsa”. E a conclusão foi: o mensalão foi (é?) uma verdade verdadeira; uma realidade bem real. Mas foi uma “correção”? Foi uma “evolução”? É uma melhoria que “dezenas de parlamentares de cinco partidos” terem recebido “no mínimo um total de R$ 55 milhões, ou para votar com o governo ou, no caso de deputados do PT, para abastecer seus cofres eleitorais”? (Editorial do Estadão, 05/04/2011)
E já que estamos falando de Polícia Federal, o que dizer do fato de ela ter “provas de que a Al Qaeda e outras quatro organizações terroristas usam o Brasil para divulgar propaganda, planejar atentados, financiar operações e aliciar militantes”, aproveitando “brechas nas leis brasileiras para se instalar aqui”? (Blog Reinaldo Azevedo, 02/04/2011)
Que tipo de “evolução” e “correção democrática” pode haver em um contexto como este?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Luto no automobilismo.

Por Lucas Pãntho


O piloto da Stock Car, Gustavo Sondermann teve sua morte cerebral confirmada pelo Hospital São Luiz, onde seguia internado. Segundo o boletim médico, Sondermann apresentava quadro estável quando chegou ao local, más logo apresentou complicações devido ao acidente ocorrido durante a etapa da Copa Montana, categoria de acesso da Stock Car.
O acidente foi na altura da curva do Café no Autódromo de Interlagos. Após tocar no carro de Tiago Geronimi, Gustavo que corria com pick-up 48 pela J. Star Racing, saiu da pista, bateu no muro interno e após retornar para pista foi atingido em cheio por Pedro Boesel. O piloto teve parada respiratória ainda na pista. Depois de ser reanimado, foi levado ao hospital em estado de coma. Os médicos já sinalizavam como quadro irreversível.
Considerada como local mais perigoso de Interlagos, a curva do Café já foi palco de outros acidentes fatais. Em 2007, Rafael Sperafico, companheiro de equipe de Gustavo na FTS Competições, morreu após se envolver em grave acidente.
Em 2009 e 2010, o paulista de 29 anos correu na Stock Car. No primeiro ano desta temporada, ele competiu pela equipe Gramacho Costa. Na segunda ele correu pela AMG Motorsport e a própria Gramacho Costa. Ele foi companheiro de equipe de pilotos como Átila Abreu e Christian Fittipaldi.

Japão desiste de disputar a Copa América

Por Lucas Pãntho

A seleção japonesa não irá mais disputar a Copa América 2011 que será disputada na Argentina. A decisão foi anunciada pela Federação de Futebol do Japão na manhã desta segunda-feira, 04, através do seu principal dirigente, Junji Ogura. A Conmebol, principal entidade do futebol sul-americano e organizador do evento, foi comunicada sobre a decisão dos japoneses durante a reunião na sede da confederação, em Luque, cidade próxima a Assunção (Paraguai). O motivo da desistência do Japão é a situação pela qual passa o país após o terremoto do dia 11 de março.
Segundo os dirigentes asiáticos a prioridade agora é a reconstrução do país e aliado a isso a federação japonesa tem encontrado dificuldades em contar com alguns dos seus jogadores que defendem os times europeus.
Embora tenha lamentado a decisão, o presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, demonstrado compressão, deixou claro que isso não irá interferi nas relações entre a Conmebol e a federação japonesa de futebol. O Japão estava no grupo A, junto com Bolívia, Colômbia e a anfitriã Argentina. Para lugar do Japão, Leoz disse avaliar a possibilidade de convidar outra seleção para disputa do torneio que acontecerá entre 1º e 24 de julho.
Honduras, Costa Rica, Estados Unidos ou Espanha, são cotados como possíveis substitutos. Os espanhóis parecem mais perto de ocupar vaga deixada pelos samurais. Já que as seleções da Concacaf estarão na disputa da Copa Ouro que termina no dia 25 de junho. Neste caso só poderiam enviar equipes sub-23.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O BBB que não é o Big Brother Brasil.

Hoje, é o dia da mentira.
Dizem que o Brasil é feito de mentirosos, então te convido a celebrar a estupidez humana.
Espere aí, é mentira. E o BBB do título pode não se referir ao famigerado reality show da Rede Globo, mas, de certa forma, é ligado a tal programa.
Antes de mais nada, explico que o BBB é, simplificado, o início da famosa canção de Ary Barroso, Aquarela do Brasil, que entoa: "Brasil, meu Brasil Brasileiro..."
A olho nu e cru, tais palavras parecem nada mais que um emaranhado de bra, bra, bra e sil, sil, sil.
Entretanto, a semiótica da coisa explicaria que embutido ali, no prelúdio da clássica composição, existe uma força que desbrava o país canarinho.
Uma força sutil, mas patriótica. Que dá margem a várias interpretações acerca de nosso território.
Em suma, O "Brasil, meu Brasil Brasileiro" pode ser o Morro da Urca, a Chapada Diamantina, o Palácio dos Bandeirantes, a caatinga nordestina, o cerrado.
Pode ser o que o ouvinte quiser e eu, como ouvinte, quero que tais palavras explicitem dois acontecimentos que ocorreram nesta semana, aqui mesmo, no Brasil.

Progresso

Na última terça feira, dia 29 de abril, a 11ª edição do Big Brother Brasil sagrou Maria Melillo campeã.
A jovem, que se apresenta como atriz - mas, segundo as más línguas, é adepta daquela considerada a "profissão mais antiga do mundo" - foi tida, nas palavras do apresentador Pedro Bial, a estrela de um programa morno, alinhavado por pouquíssimas polêmicas e muitíssimas personagens rasas, tão rasas, mas tão rasas, como um pires.
Bial não disse isso, é claro.
Mas a baixa audiência - 29 pontos e 49% de share - da grande final do reality show, não mente. O Brasil já não é o mesmo do meso longíquo ano de 2002, quando votou e concedeu 500 mil reais à Kléber Bambam.
Baixa audiência ou não, o fato é que Maria Melillo, também conhecida como Meg e estrela do citado programa e de tantos outros voltados para o público adulto, levou para casa a bolada de 1,5 milhões de reais.
A vitória fez com que críticos, telespectadores e pessoas que acompanharam o reality show pelos ouvidos, apregoarem que o Brasil, enfim, progrediu.
O preconceito, enfim, mostrou objetivamente que está fora de moda e que o enredo do filme "Uma Linda Mulher", onde a personagem de Julia Roberts, Vivian, triunfa ao encontrar o amor com Richard Gere 20 anos mais novo, pode ser aplicado na realidade.
Afinal, além de muito dinheiro no bolso, de quebra, Maria Melillo levou para casa um médico boa pinta, Wesley, este, vice campeão do programa. O Brasil ainda gosta de romance.

Retrocesso

Um dia antes da vitória de Maria Melillo, o humorístico CQC, da Band, levou ao ar uma entrevista com o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ).
Questionado pela cantora Preta Gil - em quadro pré gravado - sobre o que faria caso o filho viesse a se apaixonar por uma negra, o político mandou na lata: "Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro este risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambientes, como lamentavelmente é o seu".
A resposta foi a deixa para que gays, héteros, negros, brancos, pardos, sulistas, paulistas e nortistas se voltassem contra Bolsonaro, afirmando, categoricamente, que o deputado fora racista em sua colocação.
Não quero me fazer de espadachim e fazer de Bolsonaro uma donzela de Camilo Castelo Branco.
Mas porque não pedir, também, a cabeça de tantos eleitores, além da de Bolsonaro?
Por mais infeliz que tenha sido em sua declaração, Bolsonaro não deve ser a única cabeça na bandeja de Salomé.
Até porque, não há, nesta novela, um Herodes e uma Herodias.
Preconceito é subjetivo. E está na mente de cada um, dos gays, dos héteros, dos negros, dos pardos, dos sulistas, dos paulistas e dos nortistas.
Seja em nossos dias ou na época do Descobrimento do Brasil. Na Belle Époque. Na tão discutida escravatura. Na ditadura militar.
Preconceito é atemporal.