terça-feira, 29 de março de 2011

Mídias Sociais Orkut Parte 2


Por:Khaell Kersul
Como havia dito no primeira parte agora iremos falar do novo Orkut,esse novo design com o um Layout(imagem de fundo) totalmente novo aconteceu no dia 29 de Outubro de 2009,com essa atualizações vieram muitas coisas mais praticas como por exemplo:feed de noticias,um agrupamento de recados, atualizações no perfil e adição de amigos tudo na pagina principal.

Agora irei apresentar alguns detalhes do Orkut,tanto de maneira positiva como as de aspecto negativas

FAKES

Fakes o que seria de um modo bem resumido,são pessoas que criam perfis falsos(mais conhecidos como fakes).
Isso pode variar muito,normalmente esses fakes são de pessoas famosas ou de desenhos animados(ultimamente tem um numero alto de fakes de desenhos japoneses os Animes).
Normalmente eles são usados para a pessoa proteger sua identidade evitando se expor,sendo permitido isso,o problema e quando abusam disso que e normal infelizmente de se achar isso nos sites de relacionamento.

PRIVACIDADE
Alguns usuários preferem apagar todos os recados do scrapbook e só deixar um recado próprio dizendo que lê os recados, responde e apaga todos por motivos de privacidade. Isso é motivado pela preocupação de que alguém possa "vasculhar" a vida pessoal do usuário, lendo os scraps e seguindo os links para outros perfis. Na verdade, ter um perfil no Orkut e usá-lo em todos os seus recursos de fato constitui uma exposição da privacidade do usuário e o recente fenômeno de apagar todos os scraps reflete essa questão.
O ato de bisbilhotar a vida de estranhos, caracterizada no Orkut como acompanhar fotos e recados de desconhecidos é típico da contemporaneidade, onde identifica-se um culto às personalidades, sejam elas famosas ou anônimas.

E isso que eu poderia falar sobre o Orkut,aqui no Brasil ele continua vivo mas por quanto tempo e muito difícil de se saber ja que o Facebook começou a crescer aqui no pais.
Espero que tenham gostado do texto e comentem o que acharam dele ate mais ver..^^

segunda-feira, 28 de março de 2011

Paciência Zero

Por Lucas Pãntho
Com a demora na renovação do seu contrato, o meia Paulo Henrique Ganso resolveu interferir diretamente nas negociações. Na semana passado o jogador se reuniu diretamente com o Santos e o grupo de empresários que detém parte de passe.  De certo mesmo só a vontade do jogador em ir para Europa.
            Na pauta da reunião, a discussão sobre o novo contrato proposto de Santos. O time da baixada propôs um novo acordo parecido com o de Neymar. Também alvo de especulações sobre sua saída em 2010, o camisa 11 teve um novo acordo assinado com o Santos. Salário próximo ao padrão europeu, direito de imagem dividido meio a meio com o time da vila (antes o jogador recebia 30% desses direitos), fizeram com que a joia ficasse na vila.
            A proposta parecida não foi aceita por Ganso. Sobre salários o problema seria facilmente resolvido. Más quando o assunto são os direitos de imagens, ninguém fala a mesma língua. Atualmente o jogador detém 100% sobre sua imagem. Ganso negocia diretamente sem intermediários. Pela proposta do Santos, o jogador passaria a ter sua imagem explorada também pelo clube. Nada feito.
A renovação do camisa 10 ficou complicada após divergências entre o clube e o DIS que detém 45% sobre os direitos do craque. Dono de outros 45%, o Santos não aceita diminuir a multa rescisória do jogador de 50 para 35 milhões de euros, proposta pelo grupo de investidores. Interessados na redução da multa, o DIS alega que o valor assustar tanto quanto dificulta a venda do jogador para os times europeus. O Santos não concordar com o valor, muito menos com a pressa em vendê-lo.  O jogador (proprietário dos 10% restantes) sempre esteve ausente nas várias reuniões entre clube e empresários, em sua maior parte se tratando da lesão no joelho. Agora recuperado, o jogador que dar um fim ao impasse e nas especulações que se cria em torno do seu destino.
Milan e Inter da Itália figuram entre os clubes europeus interessados no jogador. As constantes conversas entre Ganso e o brasileiro Leonardo, técnico da Inter, dão indícios do possível destino do craque.
.


Rogério 100ni


Por Lucas Pãntho

Grandes feitos não acontecem todo dia.
Um novo Pelé, vixe Maria! Tá difícil de aparecer. Esquece ..
Ele não foi um Reeei do futebol, más gênio igual Maradona?,  hum! Também não.
Um cara perder três pênaltis em um único jogo? Só Martín Palermo mesmo. (Quem sabe!)
Oportunista igual um certo Baixinho, até pode aparecer. Igualmente frio na pequena área?!
Outro brasileiro que supere Ayrton Senna, jamais...
Um cara de pernas tortas fazer miséria como Garrinha...
Leônidas da Silva, Alfredo di Stefano, Gerd Muller, Ferenc Puskas, Fenômeno, Taffarel, Franz Beckenbauer ….
E por ai se vai! Foram muitos caras diferenciados. Se fosse para nomeá-los, haja tempo.
Eles e os seus feitos ficaram para história.
                O milésimo gol de Pelé em 1969, muitos não viram. Inclusive Eu.
                Maradona na Copa 1986. “La mano de Diós”, também não vi.
                Más um goleiro fazer 100 gols na carreira.  Pela primeira e única vez.  Ah! o mundo Viu.
                Rogério Ceni. Um dos últimos românticos do futebol.
                Quase 20 anos em um único clube. E agora maior goleiro artilheiro do futebol em todos os tempos.
                O que dizer?
                Simplesmente: Grandes feitos não acontecem todo dia. Ídolos que vestem de fato a camisa. Que  jogam por amor, puro e simplesmente. E que chegam a marcas históricas como fez R. Ceni.
                Outro Pelé, outro Maradona, outro Sena, outro goleiro marcar cem gols e outros tantos .... nunca !
                Quem presenciou a história, pode agradecer.
               

quinta-feira, 24 de março de 2011

Amola, Amolite

Por Lyvia Jardim


Leitor, antes de mais nada, questione-me. 
Porque Amola, Amolite? Eis os motivos que levaram ao título - e a escolha dele.


Amola...


Vem justamente do verbo. Amolar, amolei, amolou. Eu amolei uma faca hoje. Amolei meu pai, no sentido figurado. Pretendo mandar, em breve, um alicate de unha para amolar.Ele precisa ficar flexível. 
Assim, como a Justiça assumiu uma faceta flexível e decretou, na última quinta feira, a prisão de quatro policiais que balearam um adolescente de 14 anos em Manaus, no ano passado.
Ainda que tardiamente, o governo brasileiro remexeu os alambrados e deu ordem de prisão - preventiva, diga-se de passagem - aos responsáveis pela quase execução do jovem.
Os motivos para tal ato ainda são obscuros e provavelmente Sigmund Freud gastaria horas de seu relógio de carrilhão para argumentar, do ponto de vista psicológico, o que leva homens que dizem zelar por vidas tentarem destruir uma.
Citei o caso, cujo desdobramento está sujeito aos vaivéns governamentais e pode apresentar surpresas daqui um dia ou uma semana, pois o mesmo me lembrou um acontecimento regional.
Para o leitor que não mora no Alto Tietê ou sequer ouviu uma menção a respeito do fato, ofereço uma leve pincelada: O menor Alan Patrick, de 17 anos, saíra da cidade de Suzano, onde residia, para furtar uma moto na próxima Mogi das Cruzes.
Após o furto, iniciou-se uma perseguição policial, que culminou com Alan acuado nos confins de um bairro longíquo chamado Jardim Maitê.
Segundo testemunhas, barulhos de tiros foram retumbantes o suficiente para supor que a vida de Alan foi dada por encerrada ali mesmo, no bairro com nome de atriz famosa.
Nenhum corpo foi encontrado, é verdade, apesar dos rastros de sangue e as evidências de que os restos mortais do adolescente estejam - ou não - em um trecho do rio Guacá, em Bertioga.
A única certeza é que se houve o disparo de uma arma de fogo - e houve - tal disparo foi feito pelas mãos de um ou mais policiais, que provavelmente fizeram um juramento de proteger a sociedade e esqueceram de proteger a si mesmos.
Alan Patrick podia, quem sabe, não ser um modelo de adolescente. Mas tinha sonhos. 
Talvez estivesse destinado aos pequenos furtos e à viver com os pés na marginalidade. Ou, se a vida permitisse, cursaria uma faculdade, cultivaria uma família, compraria carro, casa e o que a situação monetária autorizasse. Se dali alguns anos ainda existissem os tablets, adquiriria um. Talvez não banhado a ouro e amolite, como uma edição limitada do IPad 2, mas adquiriria.


Amolite.


Foi anunciado esta semana que o tablet IPad 2, da Apple, terá uma edição limitada banhada a ouro e diamantes.
A fabricante não é a gigante tecnológica com símbolo de maçã e sim, uma empresa chamada Stuart Hughes, especializada em cintilar objetos de diversos segmentos com pedras preciosas.
Se a versão mais barata do IPad 2 está sendo comercializada por 500 dólares, nos Estados Unidos, o aparelho da Stuart Hughes é estimado no equivalente a 8 milhões de reais.
Vem, além dos já citados ouro e diamantes, adornado com uma pedra de valor quase inestimável, batizada como amolite.
A simples divulgação de imagens do produto, feita, logicamente, pela internet, gerou a afirmativa de que o mesmo será tocado e utilizado pelos que possuem poder aquisitivo suficiente para desembolsar a bagatela de vários dígitos.
Ao restante, sobra almejar ou desdenhar de que o mundo está cheios de policiais que não são policiais, de traficantes que são traficantes e problemas que são e se tornam mais discutíveis a cada segundo de um mundo previsto para acabar em 2012.
Ou quem sabe, resta sonhar... 
Como teria feito tantos Alan Patricks, Josés, Joãos e Antonios.

Imperador na República Corintiana


Adriano chega ao Corinthians. Más se aprontar já sabe: é justa causa
Dias depois “do vou não vou” e das declarações de amor feita ao Flamengo, Adriano se cansou de esperar e em fim acertou como o timão. O presidente Andrés Sanches nega o acordo - até este momento feito de forma verbal-, más o atacante assinará nesta sexta-feira o chamado “contrato de risco” com o time do parque São Jorge.
O contrato prevê rescisão imediata do contrato sem pagamento de multa caso haja indisciplina por parte do atleta. Atrasos e falta aos treinos, também não será tolerado, podendo o Corinthians, aplicar-lhe multas sobre os salários. Ficou acertado também ficou certo que o jogador irá lucrar com a venda de produtos associados ao seu nome.
Botafogo e Flamengo também estariam interessados no atacante. Na manhã do último sábado após o treino no Ninho do Urubu, a presidente do Flamengo Patrícia Amorim, teve uma longa conversa com o técnico Vanderlei Luxemburgo numa tentativa de convencê-lo a aceitar o jogador. Mesmo dias depois de o treinador dizer que o atacante não seria contratado, pois estava fora da filosofia adotada no clube. Com o impasse entre comissão e diretoria pelos lados da Gávea, o jogador aceitou o contrato com Corinthians.
Pela a Roma, último time por onde jogou, o atacante de 29 anos fez apenas oito jogos e não marcou nenhum gol. Diante dos problemas disciplinares o jogador teve contrato rescindindo.

"Além da parcialidade" ou "Prostitutas vendem o tempo inteiro"

A propósito da visita de Obama, da política e da mídia

Por Luiz Felipe


 

Alguns anos atrás, Bernard Goldberg publicou um livro intitulado Bias, que em português significa "parcialidade" ou "parcial". A obra foi recorde de vendas e ocupou o primeiro lugar da The New York Times Bestselling books list. Qual era o tema abordado? A parcialidade da grande mídia.
Em 2008, durante as eleições norte-americanas, Bernard Goldberg – que é repórter da Fox News, ganhador de nove prêmios Emmy, seis por suas reportagens na CBS News e três pelo seu programa na HBO, Real Sport – testemunhou algo que, em suas palavras, foi além da parcialidade; algo que foi um lacrimejante caso de amor; uma história verdadeira e patética; um tórrido romance entre Barack Obama e a grande mídia. E foi nessa ocasião que ele teve a idéia de escrever aquele que seria seu mais novo best-seller: A Slobbering Love Affair: The True (and Pathetic) Story of the Torrid Romance Between Barack Obama and the Mainstream Media (Washington, Regnery, 2009).
Com uma linguagem clara, dinâmica, cheia de sarcasmo e ironia – resvalando, por vezes, em indignação incontida – o autor analisa ao longo dos 21 capítulos do livro alguns casos que exemplificam aquilo que todos testemunharam de uma forma ou de outra: o esforço que a grande mídia despendeu em favor de Obama, seja para mostrá-lo de forma positiva, seja omitindo e diminuindo a importância de aspectos que abalariam a imagem do "Escolhido". Tudo muito bem documentado em um excelente trabalho de pesquisa.
Eis algumas pérolas que o autor recolheu e expôs no primeiro capítulo.
Lee Cowan, correspondente da NBC News, disse o seguinte sobre a cobertura da campanha, quatro dias depois que Obama venceu as prévias democratas: "É muito difícil permanecer objetivo. Quando Obama fala a energia é infecciosa".
David Gergen, repórter da CNN, disse a respeito de um discurso de Obama: "De muitas maneiras foi menos um discurso que uma sinfonia. Se movia rapidamente, velozmente, ao mesmo tempo inspirador, daí tornava-se íntimo, devagar...Foi uma obra-prima."
O trabalho dos jornalistas Chris Matthews e Keith Olbermann, ambos da rede de TV MSNBC, é abordado nos capítulos 2 e 3, respectivamente.
Logo depois da eleição, Matthews disse: "Quer saber? Eu quero fazer tudo o que eu puder para fazer essa presidência dar certo. Sim, esse é o meu trabalho, porque neste momento este país precisa de uma presidência bem sucedida."
E depois de um discurso de Obama na Invesco Field, Keith Olbermann disse: "Por quarenta e dois minutos nenhuma nota azeda, e uma fala tão bem articulada, de uma forma típica da criação de ficção". E completou: "Eu adoraria encontrar algo que criticar. Você achou alguma coisa?"
Mas os dados do livro vão além do que os jornalistas da grande mídia disseram sobre Obama. Nos capítulos 8 e 11, Bernard Goldeberg expõe e analisa uma outra estratégia que revela a parcialidade da mainstream media: a ocultação. Nesses capítulos, é abordado como a mídia não cobriu devidamente duas das mais importantes relações de Obama: a com Jeremiah Wright (pastor radical e, segundo o próprio Obama, seu guia espiritual por 20 anos, que afirma ser o governo dos EUA influenciado pela Ku Klux Klan, e ter criado o vírus da AIDS para erradicar os negros) e a com Bill Ayers (terrorista ligado ao grupo Homens do Tempo, que plantou bombas no Capitólio e no Pentágono na década de 70).
O autor ainda analisa por que a mídia foi tão a favor de Obama (Capítulo 4), e descarta a possibilidade de uma conspiração dos meios de comunicação. Segundo o autor, o motivo que levou a grande mídia a apoiar Obama foi a "culpa do branco liberal" (título do capítulo). Analisa também o que chama de Palin Derangement Syndrome ou PDS (Capítulo 5), ou seja, a repulsa que a grande mídia demonstrou em relação à Sarah Palin, candidata a vice-presidência pelo partido republicano,que foi severamente criticada, e teve a vida devassada pelos meios de comunicação.
Para corroborar as suas análises, Bernard Goldberg apresenta também pesquisas quantitativas sobre a atuação da mídia. Tais pesquisas foram produzidas pelo Projeto pela Excelência em Jornalismo (The Project for Excellence in Journalism) e pelo Centro de Pesquisas Midiáticas (The Mídia Research Center), que coloca numericamente aquilo que qualquer espectador e leitor atento percebeu: a grande mídia adorou Barack Obama e desprezou McCain e Palin.
Enfim, Goldberg, experiente jornalista, nos apresenta de maneira articulada e concentrada o papel indigno a que a grande mídia se prestou nas últimas eleições norte-americanas, e cuja consequência - apresentada pelo autor na Conclusão - é a falta de credibilidade que vêm sofrendo os meios de comunicação. Triste realidade.
Triste, mas merecida. Afinal, o que podemos concluir quando um jornalista diz sobre Obama e sua esposa Michelle: "Eles são pessoas legais. Eles são realmente legais. Eles são Jack e Jackie Kennedy quando você os vê juntos. E eles são bonitos, e eles são legais...Tudo parece ser genial. Eu sei que estou vendendo aqui e agora. Eu não deveria vender"? O que concluir, senão o que o próprio Bernard Goldberg concluiu quando viu isso: "Prostitutas", disse Goldberg, "vendem o tempo inteiro".

terça-feira, 22 de março de 2011

Mídias Sociais Orkut Parte 1

Por Khaell Kersul



Essa semana iremos falar do Orkut, ele é uma rede social filiada ao Google criada no dia 24 de Janeiro de 2004 com o objetivo de ajudar seus membros a conhecer pessoas e manter relacionamentos. Seu nome é originado no projetista chefe Orkut Büyükkökten,engenheiro turco do Google.

O alvo inicial do Orkut era os Estados Unidos, mas a maioria dos usuários são do Brasil  e da Índia.No Brasil  é a rede social com o maior participação de brasileiros,com 23 milhões de usuários em Janeiro de 2008,na Índia ele e o segundo mais visitado.

APLICATIVOS

SALA DE BATE PAPO

  A ferramenta aparece no pé da página, como acontece no Facebook.
Usuários do Orkut já podem navegar e conversar on-line ao mesmo tempo.

APLICATIVOS
Em outubro de 2008 o orkut contava com mais de 600 aplicativos para os usuários escolherem, sendo alguns dos mais utilizados o BuddyPoke e a Colheita Feliz [9]

Em 13 de Abril de 2010 foi feita um ranking de usuários  do Orkut em outros paises

Ranking de usuários por países
Demografia do Orkut em 13 de abril de 2010[15]
Flag of Brazil.svg

48.0%
Flag of India.svg

39.2%
Flag of the United States.svg

2.2%
Flag of Japan.svg

2.1%
Flag of Pakistan.svg

1.0%

Outros

5.3%


O Orkut tem muita Historia para contar principalmente depois das atualizações que ele passou em 2009 e mudou de cara, nesse post só irei colocar os dados técnicos dele no próximo irei falar do surgimento do novo Orkut (cara nova dele) para rivalizar com o Facebook e mais outras coisas.
Então semana que vem teremos a parte 2 do Orkut, não percam e ótima semana para todos, aguardo comentários

sexta-feira, 18 de março de 2011

It's Friday!

Por Lyvia Jardim



Eu poderia escrever sobre o dia em que o sol não nasceu no Japão.
Ou, quem sabe, poderia ir no embalo do mesmo tema e abordar o pronunciamento via televisão do imperador Akihito, um feito inédito em toda a trajetória de uma das dinastias mais antigas do mundo, senão a mais antiga: A dinastia do Crisântemo.
Mas, depois.
Hoje é sexta feira e como canta a jovem aspirante à cantora, Rebecca Black, It’s Friday, Friday, gotta get down on Friday, everybody’s lookin’ forward to the weekend, weekend.
Em suma, 'Hoje é sexta feira, tenho que curtir a sexta feira, todo mundo está ansioso para o fim de semana'.
À essa altura, leitor, você já deve saber ou ter uma vaga noção sobre a pessoa de Rebecca Black.
Morena, dotada de uma beleza enquadrada no conceito do 'comum' e voz e trejeitos de quem atravessa a puberdade, Rebecca Black é uma norte americana de 13 anos de idade.
Provavelmente, cresceu assistindo ao clássico disneyniano contemporâneo High School Musical, cujo primeiro filme da série foi lançado em 2006. 
Teria, à época, 8 para 9 anos de idade, o que torna fácil julgar que tomava a embalagem de maple syrup às mãos e, após um café da manhã substancioso, com direito á ovos e bacon, à moda americana, se imaginava no lugar de Vanessa Hudgens.
Não estou na mente de Rebecca Black, tampouco.
Mas provavelmente tal pensamento povoou a mente da adolescente, fazendo-a crer que tal como Vanessa Hudgens, um dia teria um holofote para chamar de seu.
Em março de 2011, o sonho, com data de validade ou não, se realizou.

Tomorrow is Saturday...

Rebecca Black é a versão estadunidense da tupiniquim Stefhany, aquela mesma, do Piauí.
Entretanto, se Stefhany alcançou - vai lá - a fama com a música 'Cross Fox', vendida como uma versão abrasileirada de 'A Thousand Miles', de Vanessa Carlton e 'Put a Ring On It', de Beyoncé, Rebecca Black não precisou se espelhar em ninguém senão nos estereótipos embutidos no mercado fonográfico norte americano do século 21.
Estereótipos estes que agregam um misto de hip hop, um genérico de soul, vertentes do pop, um refrão 'chiclete' e um rostinho bonito.
Britney Spears já foi a rainha do gênero. Christina Aguilera, idem. Da nova safra, é possível citar todo o elenco do já mencionado High School Musical.
Mas o maior expoente, atualmente, é Justin Baby, ops, Justin Bieber.
Baby é apenas a música que catapultou o refrão Baby, baby, baby oooh em ouvidos da América à Ásia, passando pela Oceania, Europa e África.
Rebecca Black não possui, muito evidentemente, a verba e a produção de Justin Bieber, este, apadrinhado por Usher.
Mas o que 'Friday' tem de amador, tem de funcional.
Funciona no refrão e funcionou para a adolescente, que, criticada negativamente ou não, enfim, viu o nome alcançar os Trending Topics do Twitter e os horizontes oferecerem uma nova proposta de vida e carreira, perspectiva que todas as pessoas deveriam acalentar. Rebecca Black apenas largou na frente.

Ótima sexta feira para vocês e até a próxima!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Povo de um lado, partidos do outro

Por Luiz Felipe

                Quatro fatos:

1)      Na última edição do Globo News Painel, transmitida dia 12, o jornalista e apresentador William Waack expressou o seu estranhamento em relação a uma característica marcante da atual política brasileira: a existência maciça de políticos de “centro-esquerda” e a ausência de políticos de “direita”.

2)      No dia 14, a Folha de S. Paulo publicou duas pequenas reportagens abordando o mesmo tema: o desaparecimento da direita do cenário partidário – e eleitoral – do país.

3)      Em um dos seus discursos em 2009, o então presidente Lula comemorou, ao falar da campanha eleitoral de 2010 que se aproximava: "Pela primeira vez não vamos ter um candidato de direita na campanha. Não é fantástico isso?". Lula ainda chama os candidatos de direita de “trogloditas”.  

4)      Pesquisa feita em 2006 mostra que cidadãos brasileiros definem-se mais como de “direita” do que de “esquerda”, pois é contra o aborto, a legalização das drogas e defende maior rigorosidade contra a criminalidade (redução da maioridade penal, por exemplo).     
Uma pergunta:
Nestas circunstâncias, podemos dizer que o brasileiro tem os seus anseios e perspectivas representados pelos partidos e políticos que agora exercem o poder?
Uma resposta:
Ora, se o brasileiro defende agendas de direita e os partidos são de esquerda ou centro-esquerda, a resposta é: não (e creio que as controvérsias que o tema aborto gerou nas últimas eleições expõe isso de maneira clara)
Outras perguntas:
Esse descompasso existe em países com regimes democráticos consolidados, como EUA e Inglaterra?  Desde quando existe tal descompasso no Brasil? Por que isso aconteceu?
Um comentário:
Não por eu ser o autor das referidas, mas creio que essas são ótimas perguntas.    

terça-feira, 15 de março de 2011

Especiais Mídias Digitais:Twitter

Por:Khaell Kersul


Essa semana iremos falar sobre a nova onda da internet o Twitter, ele foi criado em 2006 por Jack Dorsey,sendo o Twitter uma rede social que permite que as pessoas possam conversar umas com as outras por textos de ate 140 caracteres.
Agora vamos falar de algumas funções do Twitter .
RETWEET
O Retweet e uma opção que permite que o usuário "repasse" uma informação de outra pessoa,sendo o credito do autor original daquela informação,na pagina de início existe o botão retwittear que faz o envio de mensagem para todos os seus seguidores.

TWITTER LIST
O Twitter List e uma opção que permite que o usuário possa montar uma lista com seus twitters favoritos,desse modo fica mais fácil e pratico para ele responder eles.

TRENDING TOPICS
Os Trending Topics ou como sao conhecidos mais facilmente como TTs são uma lista em tempo real de nomes que foram mais falados(ou postados) no Twitter no mundo todo.
Valem para essa lista os Hashtags(#) ou nomes próprios.

Outra vantagem do Twitter e sua interatividade com outras redes sociais como o Facebook aonde e possível que o usuário poste no twitter apareça no Facebook,assim facilitando o tempo dele.

De um modo geral o Twitter e uma ferramenta fácil de se usar para conhecer pessoas e de se usar,voce aprende com o tempo de uso ela.

Antes de terminar vou deixar um vídeo muito bom sobre Twitter,bem engraçado espero que gostem viu?



sexta-feira, 11 de março de 2011

Carnaval das Paixões


Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é, será que ele é?

O tal Zezé dessa marchinha carnavalesca, um tanto difundida e popularizada no Brasil, pode ser o Zé da padaria, o Zé da casa ao lado, o Zé do armazém ou, quem sabe, aquele rapaz que te olha de um jeito estranho toda vez que passa pela principal avenida da cidade. Quando te questionam sobre quem seria o rapazinho simpático – ou nem tanto -, a resposta é a de praxe: ‘O Zé ali’.
Não importa a nacionalidade, raça, classe social ou credo do Zé. Este é somente uma figura abstrata, moldada de acordo com o imaginário das pessoas e protagonista da tal marchinha que tempo vai, tempo vem, sintetiza o espírito de seus trovadores, esfuziantes pela chegada do Carnaval.
Sua origem etimológica é controversa. Alguns defendem a hipótese de Carnaval ser oriundo das palavras ‘carna’ e ‘vale’, ou, melhor dizendo, ‘adeus carne’.
Outros sugerem que Carnaval é uma versão pós latina de ‘currus navalis’, que significa ‘carro naval’.
A verdade, nunca absoluta, deixa em aberto o leque para as interpretações das raízes da palavra.
O que não abstém seus intérpretes de concluírem que carnal ou não, o Carnaval é um misto de pele, suor, adrenalina e carros, muito deles, os alegóricos, que enfeitam tantas Sapucaís e tantos olhares...

O Carnaval canarinho...

Parece quase uma religião.
Os fluminenses, sobretudo os cariocas, fazem de seus samba enredos, minuciosamente elaborados ao longo do ano, uma espécie de oração coletiva.
São muitos os ‘fiéis’, que a plenos pulmões, entoam palavras e verbetes vastos, enquanto passeiam os olhos pelas rainhas das baterias, pelos mestres sala, pelas portas bandeira, pelos ritmistas e em toda magia momentânea que envolve os ali presente.
Amor? Vida? Uma dose de cada sentimento, levando em conta que ambas palavras foram as mais utilizadas nos sambas enredos desse ano, tanto em escolas do Rio de Janeiro como de São Paulo.
Enquanto isso, os bonecos de Olinda saíam às ruas, os frevos chocalhavam, o Rei Momo resplandecia e o Galo da Madrugada cantava no nordeste brasileiro.
De norte a sul, estrangeiros desembarcavam em território verde amarelo para, ao menos até a Quaresma, travestirem-se de verde e amarelo também.
Escolas disputam, ano após ano, o título de melhor desfile. Em 2011, a paulistana Vai Vai foi coroada, enquanto a carioca Beija Flor de Nilópolis viu, em êxtase, o estandarte cair em suas mãos.
E a plateia agradece ao espetáculo que lhe é proporcionado, creditando ao Brasil o título de ‘Carnaval mais popular do mundo’.

E o Carnaval veneziano...

A histórica e milenar Veneza, na Itália, pode não possuir as voluptuosas mulatas, os sambas ou todo conceito carnavalesco brasileiro.
Mas à moda do Vêneto, produz um Carnaval envolto, sobretudo, por máscaras que remontam um passeio épico.
Durante dez dias, os venezianos festejam trajados com roupas que sugerem nobreza.
Nobreza esta sacramentada pelas já mencionadas máscaras, que concedem uma aura de mistério a seus possuidores.
Se a folia brasileira detém o título de mais popular, a comemoração  italiana é secular, com suas variantes de colombinas, pierrôs e arlequins mascarados.
São festejos que atravessam os anos, as gerações e os carnavais...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Nem sempre foi assim

Por Luiz Felipe Adurens Cordeiro           
            Mas as coisas sempre foram assim mesmo!” 

Não foi uma nem duas vezes que em meio a uma conversa ou discussão testemunhei pessoas dizerem isso, enfastiadas e desesperadas com a situação política dentro da qual estamos. De fato não podemos negar que é uma solução bastante simples; tão simples quanto a indicação de gaze e esparadrapo para estancar o sangue que jorra de uma perna arrancada.
 A simplicidade, muitas vezes, não chega sequer a tocar a superfície dos problemas.
Sobrevoando o cenário político do final de 2010 e início de 2011 (e 2009, 2008,.2007...), de fato nos deparamos com vergonhosas decisões, escolhas acachapantes e situações gritantemente...brasileiras. Mas de fato (também) a nossa política nem sempre foi do jeito que ela é hoje. E em meio a Tiriricas, mensaleiros e Rorizes, uma interessante testemunha dessa verdade é encontrada na entrevista dada por Villas-Bôas Corrêa na TV Estadão.
Repórter da área desde 1948, o jornalista viveu a política, conviveu com políticos e reportou aos leitores as idas, vindas e saídas dos governos brasileiros desde então. E é do alto dos seus 87 anos de vida e dos seus 62 anos de jornalismo político que ele afirma de forma categórica: “Em matéria de democracia, nós pioramos”.      
Entre 1945 e 1960, conta o jornalista, o Brasil viveu uma fase de ouro da sua política, com congressistas do naipe de Milton Campos, Adalto Luiz Cardoso, Carlos Lacerda, Luiz Viana, Gustavo Capanema atuando na vida pública. Nesse período, o Congresso “era um modelo de simplicidade”, afirma. Isso porque os congressistas ganhavam apenas o subsídio e nada mais, trabalhando não no seu gabinete individual – que não existia – mas sim naquele que era reservado ao partido. Todos eles contavam com uma secretária e um copeiro, apenas.   
E quando tudo começou a mudar? O jornalista não tem dúvidas: com a transferência do distrito federal do Rio de Janeiro para Brasília, pois para convencer as pessoas a mudarem de uma cidade para outra, “JK abriu as pernas” para as bonificações e auxílios e verbas e o escambau, até chegarmos ao Estado de hoje.     
“Isso é progresso?”, pergunta Villas-Bôas.
Não! Mas prova que as coisas nem sempre foram do jeito que estão.    
 

terça-feira, 8 de março de 2011

Especiais Mídias Sociais:FaceBook

Por Khaell Kersul
 
Como eu havia dito em meu ultimo post começarei um especial sobre algumas mídias socias principalmente sobre as três mais importantes (Facebook, Orkut e Myspace).

Começaremos com o Facebook, ele surgiu no dia 4 de Fevereiro de 2004, foi fundado por Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes (não entrarei nos detalhes da historia já que existe o filme que explica o surgimento).

O site possui mais de 500 Milhões de usuário ao redor do mundo e ainda e considerado o maior site de fotografia do mundo, superando os próprios sites voltados para fotografia como o Flickr.

O site ele e gratuito gerando sua fonte de renda de publicidades, incluindo Banners e anúncios (sendo que essa cota atingiu a marca de 1,5 milhões de dólares por semana no ano de 2006).

RECURSOS
Irei listar alguns dos recursos mais usados no Facebook com uma ligeira descrição do seu funcionamento.

THE WALL

The Wall, que pode ser traduzido como O Mural, é um espaço na pagina do perfil do usuário que permite aos amigos postar mensagens para ele ver. Ele e visível para qualquer pessoa com permissão para ver o perfil completo.

STATUS

O recurso STATUS permite ao usuário informar seus amigos e a membros de sua comunidade seu paradeiro atual e suas ações.
Atualizações de Status estão disponíveis na sessão “Recently Updated” (atualizações recentes) de toda sua lista de amigos.

EVENTS

È uma maneira que os membros têm para informar seus amigos sobre os próximos eventos, para organizar encontros sociais ou simplesmente para dizer o que está sentindo.


Sei que esta muito formal o texto mas casos assim não tem muito o que fazer,o Facebook tem varias coisas ótimas que eu poderia escrever e quem sabe não escreva mais?
Comentem o que acharam do texto e semana que vem twitter das Mídias Digitais estará ai... Então ate semana que vem..^^

sexta-feira, 4 de março de 2011

Valentino e Valentia


Lyvia Jardim

Divina Anne acordou, tomou café da manhã, vestiu uma calça jeans e uma camiseta básica, saiu de casa a bordo de uma Mercedes, parou nas trincheiras do Teatro Kodak, onde ensaiou para a grande apresentação que aconteceria mais à noite, terminou de ensaiar, almoçou e foi para um salão de beleza renomado, onde possui uma sala só para ela.
Com muita privacidade regada à petit fours e champanhes dispostos em flutes de cristal, Divina Anne tenta escolher, junto com um personal stylist, quantos vestidos deve levar e trajar em sua grande noite.
Na dúvida, escolheu oito – “mais alguns de reserva” - e fez de um Valentino vermelho vintage a sua porta de entrada para aquela que prometia ser a noite do triunfo: A 83ª edição do prêmio máximo do cinema norte americano, o Oscar, o qual Divina Anne foi anfitriã ao lado do ator James Franco no último domingo, dia 27 de fevereiro.
Divina Anne, assim como sua rotina ensaiada, é apenas uma enfatização, um apelido para a aura de glamour que revestiu a atriz Anne Hathaway em seu début como apresentadora do Oscar.
Novata na função, que já foi desempenhada pelos atores e comediantes Billy Crystal, Steve Martin e Alec Baldwin, entre outros, Anne, assim como o parceiro James Franco, foi uma tentativa da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de revitalizar e conceder um sopro de juventude e beleza à cerimônia do Oscar.
Além disso, ambos atores fazem parte de uma nova safra de estrelas de Hollywood: Aquelas dotadas de um talento enraizado, que permite aos possuidores autonomia acerca da própria carreira.
Que o diga James Franco: O ator, que ganhou os holofotes com a cinessérie Homem Aranha, de Sam Raimi, dera um tempo na carreira cinematográfica para se aventurar no mundo universitário.
Salvo algumas participações, como em Milk – Um Sonho de Liberdade, onde interpretou o interesse amoroso do personagem título, vivido por Sean Penn e o traficante de Segurando as Pontas, Franco preferiu se dedicar mais ao estudo em sua teoria, nas vertentes idiomáticas – estuda Língua Inglesa na conceituada universidade da Ivy League, Yale – do que à sétima arte.
Tamanha autonomia fez com que o sol de Franco começasse a brilhar: Interpretou, com garra, o protagonista de 127 Horas, de Danny Boyle, pelo qual recebeu uma indicação ao Oscar de melhor ator.
Colecionou elogios pela interpretação perturbadora de Aron Ralston, o alpinista que foi às últimas consequências para retirar o braço de uma pedra nos cânions e já tem novos projetos engavetados, como o prelúdio de O Mágico de Oz e a cinebiografia da atriz pornô Linda Lovelace, famosa pelo clássico do gênero Garganta Profunda.
A trajetória de Anne Hathaway não é muito diferente. A atriz de nome homônimo ao da esposa de William Shakespeare alcançou o estrelato com o filme juvenil O Diário da Princesa, dos estúdios Disney, onde atuou ao lado de Julie Andrews.
A partir daí, trilhou uma bem sucedida carreira cinematográfica, atuando ora em filmes de entretenimento, como O Diabo Veste Prada e Agente 86, ora em filmes independentes, como é o caso de O Casamento de Rachel, de 2008, que rendeu à Anne – bingo! - uma indicação ao Oscar de melhor atriz em 2009.
No entanto, os atributos dos atores não foram suficientes para segurar aquela que foi vendida como a cerimônia mais inovadora e tecnológica do Oscar nos últimos tempos.
Tudo bem que as perguntas ocasionais foram levantadas. A novata Hailee Steinfeld, de apenas 14 anos, levaria para casa a estatueta de melhor atriz coadjuvante – por Bravura Indômita – e seria a nova Tatum O'Neal, com alguns anos a mais?
Ou, quiçá, a veterana Annete Benning levaria o troféu pela atuação em Minhas mães e meu pai e numa jogada surpreendente, tiraria o favoritismo de Natalie Portman e o seu Cisne Negro?
E a mais importante das perguntas: Qual dos principais adversários à estatueta de melhor filme a Academia ia preferir? O norte americano contemporâneo A Rede Social, de David Fincher, que retratou a história do Facebook ou o inglês tradicionalista O Discurso do Rei, de Tom Hooper?
Prevaleceu o segundo.

Valentino sai de cena

Hailee Steinfeld não faturou o Oscar de melhor atriz coadjuvante. Perdeu para a veterana Melissa Leo, que após a indicação por Rio Congelado, em 2009, viu as águas cristalizarem com o filme O Vencedor.
Annete Benning também não tirou o favoritismo de Natalie Portman, que triunfou na categoria de melhor atriz, assim como Colin Firth, eleito o melhor ator por O Discurso do Rei.
Ao todo, o filme faturou quatro estatuetas – melhor filme, ator, diretor e roteiro original – e confirmou o que há muito se sabe, mas se faz que não sabe: A Academia prefere a escola tradicionalista de cinema e nada contra a corrente do experimentalismo que Hollywood transita nos últimos anos.
Analisando o histórico do Oscar, é fácil presumir tal afirmação.
Se em 2010 o menor Guerra ao Terror venceu a disputa contra o blockbuster Avatar, ao longo de 83 edições o Oscar premiou E O Vento Levou (1940), Casablanca (1944), Ben Hur (1960), Lawrence da Árabia (1963), A Lista de Schindler (1994), Coração Valente (1996) e Gladiador (2001), entre outras produções que por mais inovadoras que tenham sido para a época – vide Ben Hur – continham em sua essência um pano de fundo histórico para histórias de superação e muitas vezes, baseadas em fatos reais, como é o caso de A Lista de Schindler e Coração Valente.
O mesmo James Cameron de Avatar, por exemplo, levou onze estatuetas com o seu Titanic (1998), considerado o maior recordista de bilheteria contemporâneo até a chegada de Avatar. Nem mesmo a música tema insossa My Heart will go on, de Celine Dion, fez com que a Academia coroasse os excelentes Melhor é impossível, Gênio Indomável e Los Angeles, Cidade Proibida. Mérito de James Cameron, é claro, mas das peculiaridades de Titanic frente aos outros também.
O Discurso do Rei, em suma, bebe na mesma fonte que Shakespeare Apaixonado, eleito o melhor filme de 1999.
Pequeno épico saxão, o filme inglês que nomeou a insípida Gwyneth Paltrow melhor atriz, bateu o italiano A Vida é Bela – que teve a Segunda Guerra Mundial como pano de fundo – , o igualmente histórico Elizabeth e os filmes de guerra Além da Linha Vermelha e O Resgate do Soldado Ryan, que, pasmem, também se desenrola durante a Segunda Guerra Mundial.
Aquele foi o ano da Segunda Guerra Mundial, assim como 2011 foi o ano em que, mais uma vez, a Academia preferiu a segurança ao experimental.

A valentia de Portman

Numa cerimônia considerada sem muitas novidades, se destacou Natalie Portman.
Não pela consagração da atriz israelense, que já era dada como certa por nove entre dez críticos de cinema.
Mas pela valentia de Portman em, apenas dois dias após a cerimônia, falar abertamente contra o estilista John Galliano, da Casa Dior, detentora do perfume Miss Dior, o qual a atriz é garota propaganda.
Galliano, nascido em Gibraltar e considerado um dos expoentes da moda atual, junto com Karl Lagerfeld, Yohji Yamamoto e o finado Alexander McQueen, só para citar alguns – teria proferido comentários jocosos contra um casal em um bar de Paris.
Entre outros devaneios, Galliano, visivelmente alcoolizado, teria proferido “amar Hitler”, em vídeo divulgado pelo tabloide sensacionalista The Sun, na última segunda feira, dia 28 de fevereiro.
Natalie Portman é judia.
E não importando a genialidade de Galliano como estilista ou sua bela estampa nos comerciais dos perfumes, Portman borrifou, publicamente, sua indignação para com Galliano.
Fazendo uma analogia acerca de suas palavras 'O preconceito é o oposto de tudo que é belo', a anarquia e os burburinhos impostos no mundo fashion e na mídia sobre o comportamento do estilista se reduzem a pó.
Porque se a moda nada mais é que a vestimenta superficial que reveste os indivíduos, aquela que assume os contornos de belo e apolístico, o preconceito exacerbado foi o nêmesis de John Galliano. Quase a maçã proibida num Éden de Guccis, Pradas, Yves Saints Laurents e claro, Diores.
Se roteirizada, sua via crúcis renderia um filme. Provavelmente, a se passar na Segunda Guerra Mundial, onde Galliano deixaria a imagem excêntrica de lado e assumiria botas e fardas para dar vida a um oficial nazista da SS.
Sua principal função seria tripudiar e fazer de rotos os trajes dos judeus nos campos de concentração.
Natalie Portman, ela mesma, seria a Joana D'arc de Auschwitz e se levantaria contra o Galliano oficial e outros opressores.
Ao final da película, teria o mesmo destino que a grande maioria dos judeus e seria levada para as câmaras de gás, como mártir, ao mesmo tempo que os ingleses desembarcavam na Normandia e iniciavam a derrocada dos arianos no Terceiro Reich.
Ou quem sabe, conseguiria escapar nos últimos minutos e teria um final feliz nas colinas estadunidenses.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas certamente aplaudiria de pé.