Por Lucas Pãntho
Os times grandes da capital que se cuidem. Intrusos e ousados, Ponte Preta, Oeste e Mirassol, já deram trabalho na primeira faze do Campeonato Paulista e agora na reta final, parece que não vai ser diferente. São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Santos e Portuguesa, precisaram ter muito mais que o simples nome para vencer a “valentia interior”.
A zebra costuma andar pelo mundo esportivo a fora. E não é somente a passeio. Forte e decidida, ela se torna páreo duro para os considerados favoritos. E na história, não foram poucas vezes que os pequenos aprontaram pra cima dos grandes.
Final da Copa de 1950 no Brasil. As goleadas diante da Suécia (7 a 1) e Espanha (6 a 1) na fase final davam como certo o titulo brasileiro na final contra os uruguaios. E nem mesmo um “empatizinho” (necessário para conquista), o Brasil conseguiu. Resultado: 2 a 1 para o Uruguai e vexame brasileiro em pleno Maracanã.
No mundo da velocidade a zebra geralmente não tem vez. Na Formula 1, menos ainda. Mas o GP 1961 da França em 1961(considerada por muitos a maior de todos os tempos) foi marcado também pelo inusitado. Na pista, nada mais que Jim Clark, Stirling Moss, John Surtees, Graham Hill e o lendário Fangio. Entretanto, um novato foi quem venceu. Giuliano Baghetti, que corria seu primeiro GP, largando em 13º lugar. E acredite: a corrida ocorreu sob condições normais.
No Pan-Americano de 1987, nos USA, vários foram os momentos que entraram para história do esporte.
A Seleção Brasileira de Basquete, comandada por Oscar Schmidt, derrota os donos da casa, depois de estarem perdendo o jogo. A vitória por 120 a 115 deu ao Brasil uma medalha de ouro inédita e aos americanos a primeira derrota em casa, da historia.
Ainda em terras americanas, Anthony Nesty, que mais tarde se tornaria o primeiro nadador negro a vencer uma olimpíada, marcou o nome do Suriname na história da natação e dos jogos de Indianápolis. Ele ganhou o ouro nos 100m (com 53s89) e o bronze nos 200m borboleta (2m01s09). E nos Jogos Olímpicos de Seul em 1988, conquistou o ouro nos 50m borboleta, a primeira medalha olímpica de seu país, desbancando a estrela do momento, o americano Matt Biondi.
O ano é recente, 2009. A polonesa Anna Rogowska chega ao Mundial de Atletismo de Berlim, na Alamanha, como mera coadjuvante no salto com vara, modalidade onde compete. Todos os holofotes na recordista mundial e bicampeã olímpica, a russa Yelena Isinbayeva. Mas a grande favorita ao ouro não consegue acertar um salto nas três tentativas e acaba em último. A menos notável Anna Rogowska fica com o ouro e como uma das maiores surpresas de 2009.
Na atual temporada da Champions League, surpresas indigestas têm acompanhado os poderosos times europeus. Quem ousaria dizer que a Internazionale, atual campeã, não passaria pelo “modesto” Schalke 04. No gramado o que se viu foi outra coisa. Uma goleada de 5 a 2 em pleno Giuseppe Meazza e outra vitória por 2 a 1 em casa. No final, a grande potência italiana caiu diante do clube alemão.
Determinação, excesso de confiança, despreparo, fator psicológico e etc. Uma série de fatores podem justificar uma derrota não esperada. Zebra ou não, esses fatos mudaram o rumo de muitos momentos do esporte e bom os grandes ficarem espertos, um pequeno “não notado” pode ser um perigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário