Tudo começou quando a recém empossada ministra da Casa Civil disse que “Dilma Rousseff iria patrocinar no Senado uma mudança no projeto que trata do acesso a informações públicas para manter a possibilidade de sigilo eterno para documentos oficiais”.
Depois de essa afirmação provocar alguma chiadeira, Dilma elucida o caso: “Estão fazendo uma confusão porque eu vi recentemente que estava em sigilo a violação de direitos humanos. Em apenas três situações o governo tolera a classificação de ultrassecreto, recomendação do Ministério da Defesa e do Itamaraty: ameaça à soberania nacional, integridade ao território e grave risco às relações internacionais do país”.
“Ah! É para proteger a soberania do país, sua integridade territorial e graves riscos às relações internacionais do país? Aí a coisa muda! Aí sim!”, poderá exclamar um crédulo das palavras oficiais.
Mas acontece que a soberania nacional do país tem sido violada desde que o PT, um dos fundadores do Foro de São Paulo, chegou ao poder. O filósofo e jornalista Olavo de Carvalho denuncia isso há muitos anos. No seu texto Lula, réu confesso o analista afirma: “O discurso presidencial de 2 de julho de 2005, pronunciado na celebração dos quinze anos de existência do Foro e reproduzido no site oficial do governo, segundo a qual o Foro era apenas um inocente clube de debates, sem nenhuma at uação política . E agora ele vem se gabar da "ação política de companheiros", praticada com recursos do governo brasileiro às escondidas do Parlamento, da justiça e da opinião pública. Comparado a delito tão imenso, que importância têm o Mensalão e fenômenos similares, senão enquanto meios usados para subsidiar operações parciais no conjunto da grande estratégia de transferência da soberania nacional para a autoridade secreta de estrangeiros?”.
A “preocupação” com a soberania nacional demonstrada por uma das lideranças do partido fundador de um organismo (o Foro de São Paulo) que tem como objetivo construir um poder continental é, claro, apenas jogo de cena.
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