Eu poderia escrever sobre o dia em que o sol não nasceu no Japão.
Ou, quem sabe, poderia ir no embalo do mesmo tema e abordar o pronunciamento via televisão do imperador Akihito, um feito inédito em toda a trajetória de uma das dinastias mais antigas do mundo, senão a mais antiga: A dinastia do Crisântemo.
Mas, depois.
Hoje é sexta feira e como canta a jovem aspirante à cantora, Rebecca Black, It’s Friday, Friday, gotta get down on Friday, everybody’s lookin’ forward to the weekend, weekend.
Em suma, 'Hoje é sexta feira, tenho que curtir a sexta feira, todo mundo está ansioso para o fim de semana'.
À essa altura, leitor, você já deve saber ou ter uma vaga noção sobre a pessoa de Rebecca Black.
Morena, dotada de uma beleza enquadrada no conceito do 'comum' e voz e trejeitos de quem atravessa a puberdade, Rebecca Black é uma norte americana de 13 anos de idade.
Provavelmente, cresceu assistindo ao clássico disneyniano contemporâneo High School Musical, cujo primeiro filme da série foi lançado em 2006.
Teria, à época, 8 para 9 anos de idade, o que torna fácil julgar que tomava a embalagem de maple syrup às mãos e, após um café da manhã substancioso, com direito á ovos e bacon, à moda americana, se imaginava no lugar de Vanessa Hudgens.
Não estou na mente de Rebecca Black, tampouco.
Mas provavelmente tal pensamento povoou a mente da adolescente, fazendo-a crer que tal como Vanessa Hudgens, um dia teria um holofote para chamar de seu.
Em março de 2011, o sonho, com data de validade ou não, se realizou.
Tomorrow is Saturday...
Rebecca Black é a versão estadunidense da tupiniquim Stefhany, aquela mesma, do Piauí.
Entretanto, se Stefhany alcançou - vai lá - a fama com a música 'Cross Fox', vendida como uma versão abrasileirada de 'A Thousand Miles', de Vanessa Carlton e 'Put a Ring On It', de Beyoncé, Rebecca Black não precisou se espelhar em ninguém senão nos estereótipos embutidos no mercado fonográfico norte americano do século 21.
Estereótipos estes que agregam um misto de hip hop, um genérico de soul, vertentes do pop, um refrão 'chiclete' e um rostinho bonito.
Britney Spears já foi a rainha do gênero. Christina Aguilera, idem. Da nova safra, é possível citar todo o elenco do já mencionado High School Musical.
Mas o maior expoente, atualmente, é Justin Baby, ops, Justin Bieber.
Baby é apenas a música que catapultou o refrão Baby, baby, baby oooh em ouvidos da América à Ásia, passando pela Oceania, Europa e África.
Rebecca Black não possui, muito evidentemente, a verba e a produção de Justin Bieber, este, apadrinhado por Usher.
Mas o que 'Friday' tem de amador, tem de funcional.
Funciona no refrão e funcionou para a adolescente, que, criticada negativamente ou não, enfim, viu o nome alcançar os Trending Topics do Twitter e os horizontes oferecerem uma nova proposta de vida e carreira, perspectiva que todas as pessoas deveriam acalentar. Rebecca Black apenas largou na frente.
Ótima sexta feira para vocês e até a próxima!
É uma questão de tempo para está garota virar figurinha de chiclete.rsrs
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